21.2.24

Quaresma 2024



Vida em justiça

Não acredito na era social do homem, nessa espécie de fraternidade legal, com suas regras e seus guardas, mas na vida do reino livre e vitorioso do amor. O que é preciso, o que determinará tudo, o que tudo resolverá, é amar-se. Realmente, fraternidade legal não livra da escravidão, isto é, a tendência tão humana de dominar o outro nos vários campos das manifestações humanas. Não basta uma legislação impecável para que o comportamento humano seja impecável. E eu penso: nós reformamos e atualizamos nossos estatutos e nossa legislação. Elaboramos peças que, como indicadores de caminhada, são excelentes. Todas elas geradas com cuidado, estudo, trabalho, capacidade e muita esperança. Mas quem as vai pôr em execução é o homem. E o homem melhora de dentro para fora. Se no fundo dele mesmo não plantou o amor e não se deixou empolgar, então está dando origem a uma fraternidade legal, com a frieza e demarcação exata de toda legislação. "É o "ouvistes o que foi dito aos antigos ... "Nós, porém, somos convidados a concretizar o "eu porém vos digo ... ", onde não há contagem de passos, de peças, de horas de servir, de bocados de pão, de vezes de perdão. Onde a justiça é uma visão nova do outro e consequentemente, não resta mais lugar para um dominar o outro, porque "aquele dentro de vós que tiver desejos de ser omaior, torne-se o servo dos outros", ainda mais quando Paulo diz: "não há servo ou homem livre, varão ou mulher" (Gl 3,28).

É o momento da igualdade!..


 

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